domingo, 6 de outubro de 2013

Desaparecida na seleção adulta, Ellen brilha na estreia do Mundial Sub-23.

O primeiro Mundial Sub-23 de seleções femininas está sendo disputado em Tijuana, México.
A competição visa dar visibilidade as jogadoras que, após sair do Juvenil (sub-21) não tem disponibilidade para disputar competições com a equipe adulta, já que essas normalmente contam com jogadoras mais experientes. 

A ideia de disputar o Mundial um ano após os Jogos Olímpicos é uma boa estratégia para as seleções, já que são três anos separando a próxima edição dos jogos e muitos dos jogadores podem estar representando suas seleções até mais cedo do que imaginam. 

12 seleções estão disputando o inédito título, a saber: Argentina, Itália, Japão, México, República Dominicana e Turquia formam o grupo A e Alemanha, Brasil, China, Cuba, Estados Unidos e Quênia (!!) estão no Grupo B. 
China e Itália são as favoritas, principalmente por apresentarem jogadoras que já participaram da fase final do Grand Prix desse ano: foram 5 jogadoras do lado das chinesas e 5 para o lado das europeias, com destaque para a oposto Valentina Diouf, esperança italiana e forte candidata a MVP da competição. 

Pelo Grupo A, Japão e República Dominicana mantiveram seu favoritismo e bateram México e Argentina por 3-1 e 3-0, respectivamente. 
Itália e Turquia fizeram o melhor jogo da primeira rodada. Foram 5 sets e vitória (de virada) surpreendente das turcas, com parciais de 29-31, 16,25, 26-24, 25-22 e 17-15; as jogadoras, ao final do jogo, comemoraram muito o fato de terem vencido uma das favoritas. Talvez com Caterina Bosetti (ponteira contratada do Molico/Osasco), a história teria sido diferente. Destaques para Diouf com 28 pontos e a oposta turca Ceren Kestirengoz, com 23 bolas no chão.

Já pelo Grupo B, nenhuma surpresa. Estados Unidos, Brasil e China venceram seus jogos e confirmaram os favoritismos. A Alemanha fez um bom jogo contra a China, roubou um set, mas deve disputar com os EUA, que não enviaram uma seleção forte, a terceira posição do grupo.



A seleção brasileira sub-23 teve pouco tempo de preparação para o Mundial e isso foi refletido em quadra logo no primeiro set. A habilidosa Ju Carrijo, titular do Praia Clube aos 22 anos, não teve sempre o passe na mão e não conseguia colocar as centrais pra jogar, sendo a bola alta nas pontas a jogada a mais utilizada. 

Bom para a capitã Ellen Braga, do Pinheiros. Foram 23 pontos e, indiscutivelmente, a melhor em quadra. Se continuar assim, voando em quadra, pode desequilibrar em momento decisivos e levar o Brasil muito mais longe do que se imagina nessa competição, além de sonhar com um MVP. 

A seleção em si foi um destaque a parte. Foram 17 pontos de bloqueio contra 9 das cubanas, com destaque para a central Francynne, com 8 pontos. Glauciele teve seus momentos de alta como oposta e Gabi mostrou personalidade, embora tenha falhado na recepção. 
Por falar em recepção, é necessário destacar aqui Dani Terra. Camila Brait que se cuide, pois se não consegue se firmar na seleção principal como titular por causa de Fabi, quando Dani chegar, ela terá uma "rival" à altura. 

Hoje a seleção tem uma "final" antecipada contra a China, decidindo o primeiro lugar do grupo antecipadamente.
Pelo menos, na teoria. 

Um novo blog

Inicia-se, aqui, um novo blog meu.

Como não foi permitido, até agora, que eu fizesse minha faculdade de jornalismo e me especializasse em cobertura esportiva, vou fazer isso por mim mesmo.
Começo hoje um blog, simples, mas com as minhas análises das competições femininas de vôlei no Brasil.

Vou dar destaque as competições da Seleção Feminina de Vôlei principal e da Superliga de Vôlei, postando análises das principais partidas e, sempre que possível, todos os resultados e (o que eu mais amo) as estatísticas, apontando as melhores jogadoras das partidas e das competições.